segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O QUE UM ENFERMEIRO DEVE SABER SOBRE TUBERCULOSE?

SANDRA MARIA BELO DA COSTA
sandrabelo11@hotmail.com




RESUMO

O presente artigo, de natureza teórica, reflete sobre o que um profissional técnico de enfermagem deve saber sobre essa doença chamada tuberculose. Conhecer os sintomas, a causa, a forma de aquisição da doença e como deve ser tratada, enfim o modelo medico curativo do Brasil. Também trataremos aqui quais os programas no âmbito do controle da Tuberculose, as formas de prevenção e tratamento e a reação do individuo infectado pelo bacilo de Koch ao descobrir o contagio.

Palavras-chave: Modelo médico curativo, Tuberculose, prevenção, tratamento, enfermeiro.


ABSTRACT

This article, theoretical, reflects on what a professional nurse technician should know about this disease called tuberculosis. Know the symptoms, cause, manner of acquiring the disease and how it should be treated, ultimately curative medical model of Brazil. Also, discussed here which programs under the control of tuberculosis, forms of prevention and treatment and the response of the individual infected by the Koch bacillus to find the contagion.

Keywords: curative medical model, Tuberculosis, prevention, treatment, nurse.



1- INTRODUÇÃO


Na maioria das vezes, quando perguntamos sobre a saúde de alguém, escutamos como resposta que tudo esta bem se a pessoa a quem nos referimos não ficou doente, não precisou tomar medicamentos e nem utilizou os serviços de saúde. Caso contrário, a resposta será que nada anda bem e procuramos logo uma unidade de saúde básica.Isso mostra o modelo curativo utilizado.
O modelo assistencial predominante no Brasil corresponde ao Modelo Medico Curativo, fundamentado na concepção da recuperação de doentes (intervenção sobre a doença) como forma de se chegar à saúde e na concepção de um alcance coletivo por meio da soma das assistências individuais. Seus serviços estão organizados basicamente para responder à demanda espontânea e, para tanto, em determinadas circunstancias, o modelo é competente e tecnologicamente adequado. Estrutura-se com a ênfase na assistência medico-hospitalar e nos serviços de apoio diagnostico e terapêutico. É, portanto, coerente com o conceito de saúde como ausência de doença e, no plano do conhecimento, privilegia o processo fisiopatológico em detrimento de outros determinantes.
Em termos de organização de serviços de saúde, este modelo esta voltado, preferencialmente, para a chamada “demanda espontânea”, ou seja, tende a atender os indivíduos que, na dependência do seu grau de conhecimento procuram por livre iniciativa os serviços de saúde. Conseqüentemente, tanto os indivíduos como os grupos populacionais que não percebem a existência de problemas de saúde e prevenção deixarão de ser alcançados pelo sistema de saúde, já que não constituíram uma “demanda espontânea”.
Da forma que está organizado este modelo assistencial reforça a atitude dos indivíduos de só procurarem os serviços de saúde quando se sentem doentes. Nesse caso as preocupações das instituições de saúde estão relacionadas, principalmente, com a manutenção do funcionamento de uma dada oferta de atendimento. É a pressão espontânea e desordenada da procura pelo serviço que condiciona a organização dos recursos para a oferta, quando não as necessidades reais de saúde é que determina o consumo de serviços médicos.
Nesse sentido, os programas de controle epidemiológico no pais como o caso da tuberculose não alcança as medidas preventivas como o uso da vacina BCG e da quimioprofilaxia com isoniazida na prevenção da infecção tuberculosa e de suas complicações e na prevenção do adoecimento dos infectados,pois as formas no de intervenções prevista no Modelo Medico Curativo, contemplam de forma restrita a situação de saúde, e não dão atenção na questão da prevenção de certos agravos epidemiológicos e isso implica em problemas de saúde.

2- A PRÁTICA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE

Os profissionais de saúde, de maneira geral, desenvolvem suas práticas a partir de competências e habilidades adquiridas por meio de um processo de formação que tem por base o acumulo e desenvolvimento de conhecimentos e de tecnologias, que por sua vez, são orientados pelos princípios de racionalidade cientifica lhes confere o estatuto da “verdade”.
A ciência da enfermagem proporciona um corpo de conhecimentos abstratos, resultantes de pesquisas científicas e análises lógicas, e deseja ser capaz de transferir esses conhecimentos para a prática. O uso criativo e imaginativo do conhecimento para a melhoria do homem encontra expressão na arte da enfermagem. Cabe aos sanitaristas desenvolver atividades para a manutenção e promoção da saúde, bem como para a prevenção de doenças, sendo de sua responsabilidade o diagnóstico e a intervenção de enfermagem.
Seu objetivo é assistir as pessoas para atingirem seu potencial máximo de saúde.
No caso do tratamento da tuberculose, o enfermeiro realiza uma história e exame físico completos.
As manifestações clínicas de febre, anorexia, perda de peso, sudorese noturna, fadiga, tosse e produção de escarro geram uma avaliação mais completa da função respiratória, como por exemplo, avaliar os pulmões para a consolidação ao examinar os sons respiratórios (diminuídos, sons brônquicos, estertores), frêmito, egofonia e macicez à percussão. Os linfonodos aumentados e dolorosos também podem ser palpados.
O enfermeiro também avalia os arranjos de vida do cliente, percepções e compreensão da tuberculose e seu tratamento, bem como aptidão para aprender.


3- TUBERCULOSE: PREVENÇÃO E TRATAMENTO

A Tuberculose é uma doença grave, existe a mais de dois séculos, em meados de 1800 era conhecida como o mal do século, é transmitida pelo ar e pode atingir a todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. O microorganismo causador da doença é Mycobacterium turbeculosis popularmente conhecido como bacilo de Koch. As formas de transmissão da doença acontecem por meio do ar contaminado pelo bacilo de Koch através da fala, tosse e espirro eliminada pelo paciente não tratado.

3.1 - Classificação da Tuberculose

São empregados dados a partir da história, exame físico, teste cutâneo, radiografia de tórax e exames microbiológicos para classificar a tuberculose em uma de suas cinco classes. Um esquema de classificação fornece aos profissionais de saúde pública uma maneira sistemática para monitorar a epidemiologia e o tratamento da doença: Classe 0: sem exposição; nenhuma infecção; Classe 1: exposição; sem evidência de infecção; Classe 2: infecção latente; sem doença (ex.: reação de PPD positiva, mas sem evidência clínica da tuberculose ativa); Classe 3: doença; clinicamente ativa; Classe 4: doença; não clinicamente ativa; Classe 5: doença suspeitada; diagnóstico pendente.

3.2-Fatores de Risco para Tuberculose

A tuberculose dissemina-se de uma pessoa para outra por meio da transmissão pelo ar. Uma pessoa infectada libera núcleos em gotículas (geralmente partículas de 1 a 5 micrômetros de diâmetro) através da conversa, tosse, espirros, riso ou canto. As gotículas maiores depositam-se e as gotículas menores permanecem suspensas no ar e são inaladas pela pessoa suscetível. Desta forma são considerados fatores de risco para a tuberculose: Contato próximo com alguém portador da tuberculose ativa. A inalação de núcleos transportados pelo ar a partir de uma pessoa infectada é proporcional á quantidade de tempo despendida no mesmo espaço aéreo, proximidade com a pessoa e grau de ventilação;
- Estado imunocomprometido (ex.: aqueles com infecção por HIV, Câncer, órgãos transplantados e terapia prolongada com corticoesteróides em dose alta);
- Abuso de substâncias (usuários de drogas IV ou por injeção e alcoólicos);
- Qualquer pessoa sem os cuidados de saúde adequados (desabrigados, pobres, minorias, principalmente as crianças com menos de 15 anos de idade e adultos e jovens entre 15 e 44 anos de idade);
- Condições médicas preexistentes ou tratamento especial (ex.: diabetes, insuficiência renal crônica, desnutrição, malignidades selecionadas, hemodiálise, órgão transplantado, gastrectomia ou bypass jejunoileal);
- Imigração de países com alta prevalência de tuberculose (sudeste da Ásia, África, América Latina, Caribe);
- Institucionalização (Instituições de cuidados de longo prazo, como hospitais psiquiátricos, asilos, casas de repouso e prisões);
- Viver em habitações com muitas pessoas, abaixo dos padrões de habitação (ex.: cortiços e favelas);
- Ser um profissional de saúde que realiza atividades de alto risco: Administração de pentamidina aerossolizada e outros medicamentos, procedimentos de indução de escarro, broncoscopia, aspiração, procedimentos de tosse, cuidado de paciente imunossuprimido, cuidados domiciliares com a população de alto risco e administrar anestesia e procedimentos correlatos (ex.: intubação e aspiração).
Segundo GUTIERREZ, PAULOTT, PICON (2000) quando há identificação precoce dos fatores de riscos acima citados pode-se conseguir um resultado positivo em relação ao tratamento, mas também os autores analisam segundo o trecho abaixo a importância da prevenção e não somente do controle da doença, pois ressaltam a importância do binômio diagnóstico-tratamento.

No âmbito do Programas de Controle da Tuberculose, é sabido que, se as formas transmissíveis da doença forem identificadas o mais precocemente possível, e se a elas for aplicado um tratamento correto, pode-se conseguir importante redução do problema ao longo do tempo, da ordem de 13% anuais. Esse impacto epidemiológico, que é o maior possível dentro das atividades de controle atualmente disponíveis, não é alcançado por nenhuma das medidas preventivas, tais como o uso da vacina BCG e da quimioprofilaxia com isoniazida, na prevenção da infecção tuberculosa e de suas complicações e na prevenção dos infectados, respectivamente. Sendo assim, nos países com alta prevalência de tuberculose, deve-se dar prioridade ao binômio diagnóstico-tratamento.
(GUTIERRE, 2000)

A vacina BCG é um dos principais indicadores utilizados no tratamento da doença, ela existe a mais de 60 anos e durante esse tempo já foram elencadas varias controvérsias acerca de sua eficácia, mas é certo que o uso delas em locais com alto índice de infectados é um consenso, pois os seus benefícios são maiores que seus malefícios. Ela contém bacilo vacinal (Calmette- Guérin) que deriva de uma cepa de M. bovis, no organismo humano induz uma alteração no sistema imunológico que protege contra uma infecção primaria futura e suas complicações e também contra o bacilo da tuberculose pós- primaria subseqüente.
Na década de 30, o pesquisador Aronson realizou um ensaio controlado por duplo-cego por 18 anos para demonstrar o poder protetor da vacina entre as pessoas vacinadas e não vacinadas e quanto a mortalidade por tuberculose como mostra o quadro abaixo:

VACINADOS COM BCG VACINADOS COM PLACEBO
Números de pessoas 1.550 1.457
Casos de tuberculose 40 (2,58%) 185 (12,69%)
Mortes por tuberculose 4 (0,25%) 28 (1,92 %)

Fonte: Estudos de Aronson sobre a eficácia do BCG

Esse quadro apresentado por Aronson numa época que inexistia qualquer outra medida profilático-terapêutica contra a tuberculose pode assegurar a relação causa-efeito do poder de proteção da vacina em relação à doença.
No Brasil, a vacina é da cepa Moreau - Rio de Janeiro, distribuída sob a forma liofilizada, em ampolas de cor âmbar, fechadas a vácuo, contendo 2ou 5 mg. A ampola de 2 mg, depois reconstituída, corresponde a 20 doses de vacina e a 5 mg a 50 doses. A dose vacinante, de 0,1 ml, contém idealmente de 800.000 a 1.000.000 de bacilos vivos e induz viragem tuberculínica na maioria dos vacinados. O uso da técnica intradérmica é universal, uma vez que a vacina oral jamais teve sua eficácia comprovada.

3.3-Terapêutica Farmacológica

Atualmente, na terapêutica utilizada para o tratamento da tuberculose, são utilizados cinco medicamentos de primeira linha: Rifampicina (R), a Isoniazida (H) e a Pirazinamida (Z), estreptomicina ou etambutol. Os medicamentos combinados, como a Isoniazida e Rifampina ou Isoniazida, Pirazinamida e Rifampina, e os medicamentos administrados duas vezes por semana (Rifapentina) estão disponíveis para ajudar a melhorar a adesão do cliente. Os medicamentos de segunda linha são a capreomicina, etionamida, paraminossalicilato sódico e ciclosserina. Os medicamentos aditivos potencialmente efetivos incluem outros aminoglicosídeos, quinolonas, rifabutina, clofazimina e combinações de medicamentos.
A modalidade de tratamento utilizado no país é o ambulatorial ou hospitalar. De regimes, ambulatoriais diários, auto-administrativos, a tuberculose pulmonar é tratada por meio dos medicamentos que são a rifampicina (R), a isoniazida (H), a pirazinamida (Z), estreptomicina ou etambutol com doses diárias. Nas doses as combinações apropriadas apresentam eficácia comparável e duram de seis meses em diante, incluem R, H, Z nos dois primeiros meses, conhecida como primeira fase, e nos outros quatro meses utilizam o R e H na fase de manutenção.
A quimioprofilaxia é o tratamento utilizado em pessoas com infecção latente, em situação de alto risco de adquirir a doença ativa.
A quimioprofilaxia surgiu ainda no meados da década de 50. A população-alvo desse tratamento é encontrada em zonas de alta prevalência de tuberculose o que implica o uso da isoniazida em grandes segmentos da população em geral, assim os riscos de adoecimento com esse tratamento cresce diretamente proporcional, pois quanto maior o risco de adoecer, maior o benéfico da quimioprofilaxia com a isoniazida. O Período de tratamento é de 12 meses, e o não cumprimento compromete o efeito protetor dessa medida em termos coletivos.
No Brasil, esse tratamento é obrigatório num período de 06 meses, uma vez que seria inaceitável um regime de quimioprofilaxia com duração superior ao trata mento da doença.


4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A luta contra a tuberculose, em relação à saúde publica, não é apenas uma luta contra os bacilos, mas também contra os bacilos, mas também contra os preconceitos existentes, tanto no meio médico como na sociedade.
Os preconceitos dos médicos e enfermeiros são na maioria relativos à tecnologia utilizada em saúde publica, e os da população leiga relacionados com a doença propriamente dita e, às vezes, com a qualidade técnica dos serviços prestados pelo setor publico. A razão para esse conflito reside, basicamente, na suposta diferença de seus objetivos.
Na medicina individual e assistencial, o profissional, busca em primeiro lugar aliviar o sofrimento causado pelos bacilos da tuberculose ao paciente, procurando utilizar, para isso os mais modernos recursos disponíveis na ocasião.
A saúde publica, por sua vez, tem como objetivo primordial interromper a cadeia de transmissão, ou seja, anular a fonte de infecção que determinado paciente representa para a comunidade. Com essa finalidade, utiliza os recursos terapêuticos que possam ser colocados ao alcance de todos os pacientes tuberculosos num estado ou país.
Enfim, deve-se consolidar o trabalho do enfermeiro é uma prática social, reflexiva, numa visão que ultrapasse o modelo biomédico. Ele procura entender as reações do cliente, principalmente no desenvolvimento da escuta, do respeito e da empatia com o sofrimento do outro. Desta forma, consegue desenvolver competências emocionais ligadas às competências técnicas, tornando-se melhores cuidadores.


5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARE, B. G.; BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 10 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

CAMPOS, H. S. Tuberculose. Um perigo real e crescente. 1 ed., Rio de Janeiro: JBM, 1996. v. 70, nº 5.

FIGUEIREDO, N. M. de. Ensinando a cuidar em Saúde Pública. 2 ed., São Caetano do Sul: Yendis, 2005.

GUTIERREZ, Renato Soares; PAULOTT, Werner; PICON, Pedro Dornelles. Aspectos da Saúde Publica. in: Prevenção e Tratamento (cap. 3), RS, 2003

MARTINS, A. Biopolítica: o poder médico e a autonomia do paciente em uma nova concepção de saúde. Revista Interface - Comunic. Saúde, Educ. v.8, n. 14, set.2003.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Centro Nacional de Epidemiologia. Coordenação de Pneumologia Sanitária. Manual de Normas para o controle da Tuberculose. 7 ed., Brasília, 2006.

PAIM, Jailnilson S. A Reforma Sanitária e os Modelos Assistenciais – SUS, 1996.
Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, vol.30, nº 111, 2005.

UJVARI, S. C. A História e suas Epidemias: A convivência do Homem com os microorganismos. 2 ed., Rio de Janeiro: SENAC - Rio, 2003.

A MÁ ADMINISTRAÇÃO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO BAIRRO DO TAPANÃ

Tatiane da Silva Muniz


RESUMO


Este trabalho visa alertar a comunidade científica acerca da ausência de interesse governamental, políticas públicas, saneamento, Recursos Humanos, Direitos Humanos, Segurança e, principalmente, profissionais capacitados para atuarem na Unidade de Saúde situada no bairro do Tapanã, em Belém do Pará.

Palavras-chave: Administração, enfermagem, violência, saúde


ABSTRACT

This work seeks to alert the scientific community concerning the absence of government interest, public politics, sanitation, Human resources, Human Rights, Safety and, mainly, professionals qualified for us to act in the Unit of located Health in the neighborhood of Tapanã, in Belém of Pará.

Key-Words: Administration, nursing, violence, health


Observando a má administração na unidade básica de saúde do bairro do Tapanã, verifiquei falhas absurdas, uma delas diz respeito aos profissionais que fazem a segurança do mesmo, pois o número disponível e a qualificação desses são insuficientes para suprir as necessidades do local.
Como por exemplo, o fato de não abranger a totalidade do estabelecimento de saúde, não garantir a integridade dos trabalhadores que lá atuam principalmente à noite e ainda ter que exercer outras funções fora de sua competência como: o registro de fichas para o atendimento, prestar informações, porteiro, faxineiro e entre outras.
E, destacando ainda, a situação de violência ao qual são expostos todos os profissionais que agem no posto de saúde do bairro do Tapanã já que os assaltos são freqüentes e alem disso os conflitos que ocasionalmente ocorrem no interior do prédio provocado por delinqüentes acaba gerando grande receio aos funcionários em continuar a trabalhar no local.
Quanto à equipe de enfermagem percebo certa dificuldade em exercer suas funções, devido o grande número de faltas da equipe médica principalmente no serviço de emergência uma vez que existe grande procura por atendimento médico nesta unidade básica de saúde e não é raro acontecer de os pacientes acabarem voltando para casa sem o atendimento que procurou.
Do mesmo modo, enfrentam a carência de materiais de procedimento e muitos deles não possuem o compromisso com a função que executam, pois não seguem as normas de biossegurança, quanto ao tipo de calçado e a vestimenta apropriada ao afazer, e citando ainda a falta de postura e de ética para com a sua profissão.
Assim, o técnico de enfermagem é um importante instrumento na qualidade e no atendimento do serviço público de saúde e possui conhecimento suficiente para garantir e/ou tentar prover as necessidades da população que procura por amparo nas unidades básicas de saúde.
A enfermagem expandiu-se consideravelmente em vários aspectos, englobou novas responsabilidades como, por exemplo, o gerenciamento dos serviços de saúde de uma unidade e/ou de um hospital, o atendimento clínico, farmacológico, assistência durante o período gestacional e entre outras funções atribuídas anteriormente pelo serviço médico.
A enfermagem deixou de ser exclusivamente o plano de fundo, o auxilio secundário, o braço direito de médicos. Abrange e executam postos de competência e habilidade do ramo em conhecimentos científicos e práticos de enfermagem, essa não é apenas “a arte do cuidar” passou a ser encarada e ensinada como ciência por isso a ética está presente na sua política, no seu ensino e é base para se efetivar o acolhimento humanizado.
Este trabalho teve por objetivo discutir um pouco sobre a condição administrativa nas unidades básicas de saúde sobre um olhar da enfermagem visto que a mesma é um reflexo da gestão municipal ao qual disponibiliza recursos e nomeia o responsável por gerir as mesmas.
O enfoque deste trabalho é mostrar um pouco da realidade que se encontra essa administração, em particular no bairro do Tapanã, que é bastante falha, delimitei as principais dificuldades enfrentadas rotineiramente pelos funcionários da unidade. Entretanto não é exclusividade deste bairro e muito menos do Estado e sim, uma problemática de caráter nacional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS


Embora a saúde pública tente cumprir o seu papel na sociedade as dificuldades sempre irão existir, mas a qualificação do profissional e a vontade de fazer a diferença podem influenciar os demais colegas de profissão da área da saúde a agirem com ética, responsabilidade, respeito e dignidade. Ainda que as divergências e as dificuldades existam.



REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMPOS, JQ. O Hospital: A lei e a Ética. São Paulo: LTR editora LTDA, 1976.

HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de enfermagem. 11ª reimpressão - São Paulo: E.P.U. 1979.

RIZZOTO M.L.F., História da enfermagem e sua relação com a saúde pública. Goiânia: A.B., 1999.

WATSON, I. Enfermagem, ciência humana e cuidar. Uma teoria de enfermagem. Camorote (PT). Lusociencia, 2002.


WIKIPÉDIA, A Enciclopédia virtual. Disponível em: . Acesso em: 13 de junho de 2009

TÉCNICO DE ENFERMAGEM: O QUE ESTÁ ENTRE O SONHO E A REALIDADE?

IRENILDES DOS SANTOS URBANO


RESUMO

Este trabalho é fruto de uma preocupação com a formação e atuação profissional e tem por objetivo levar o leitor a refletir sobre a responsabilidade de ser um profissional da saúde independente da realidade do campo de atuação. Para a realização deste, foram entrevistados alunos de um curso técnico de enfermagem, profissionais da saúde e pessoas comuns que utilizam serviços e atendimentos hospitalares.
Palavras-chave: profissional, saúde.

ABSTRACT

This work is the result of a concern for the education and professional activities and aims to lead the reader to reflect on the responsibility of being a health professional regardless of the reality of the field. To achieve this, we interviewed students from a nursing technician course, health professionals and ordinary people who use services and hospital care.
Keywords: professional, health.

INTRODUÇÃO

Ser um técnico de enfermagem é o sonho de muitas alunas. Todas têm uma motivação para justificar a escolha. A realização trás uma realidade nem sempre compatível com os ideais sonhados. Esses ideais também não são compatíveis com o que preconiza a escola de enfermagem. Destaco neste trabalho o grupo que sonha com o sucesso profissional tirando o seu foco do ser humano frágil e doente.

1. DO CUIDADO INTUITIVO À ENFERMAGEM ORGANIZADA

Desde que existe o homem, as doenças sempre existiram e as pessoas de alguma forma cuidavam das outras que necessitavam de assistência. O cuidado ao longo dos anos foi desenvolvido por diversas pessoas, levando-se em conta o sentimento de humanidade pelos semelhantes. Quando surge o cristianismo o cuidado passou a ficar por conta de pessoas pertencentes a esse movimento religiosos. Até o século XIX, a assistência prestada era intuitiva e desorganizada, considerando que não existia como tal, pois havia uma mescla de assistência social e religiosa.
No presente século, quando se lembra do passado tem-se uma pequena noção de sofrimento: as pessoas carregando suas patologias por meses e sendo assistidos por indivíduos sem preparação adequada. Assim como as doenças a enfermagem também já existia desde os primórdios, só que as atividades eram prestadas de forma empírica. A enfermagem começou a se organizar na metade do século XIXI, sob a liderança da notável Florence Nightingale. Nascida em Florença na Itália, sua maior realização foi o estabelecimento do conceito de preparação formal para a prática de enfermagem.
A profissão de enfermeiro teve início com sua promessa de cuidar dos doentes. A sua notável atuação foi cuidando dos soldados feridos durante a Guerra da Criméia, após esse trabalho juntamente com um grupo de mulheres, sua fama espalhou-se com rapidez. Suas crenças a cerca da enfermagem constituem o fundamento básico sobre o qual se pratica a enfermagem atualmente. Não se pode esquecer o contexto de Nightingale.
O papel da mulher na sociedade não tinha muita expressão, mesmo assim dedicava-se aos doentes com amor e humildade.
Apesar dos entraves de sua época, não se limitou, foi além e superou seus próprios limites com determinação e perseverança. Partiu em direção de seus objetivos e como qualquer mortal teve um sonho e queria torná-lo realidade.
Em 1860, fundou a primeira escola de enfermagem no hospital St. Thomas. As alunas da escola Nightingale tornaram-se as pioneiras da enfermagem moderna, sendo enviadas a diferentes lugares para executar e ensinar as habilidades. No Brasil foi o destaque para Ana Nery a primeira enfermeira voluntária de guerra. Foi e é considerada até hoje a “mãe dos brasileiros” pelo seu trabalho e dedicação. E mais tarde em sua homenagem surge no Rio de Janeiro a primeira escola de enfermagem de “Alto Padrão”.
Existiram outras mulheres que foram determinadas e brilhantes nos cuidados de enfermagem. Mas Nightingale e Ana Nery aqui por possuírem caráter desbravador adiante de seu tempo. Quando se pensa nessas mulheres e o que foram capazes de fazer, acabamos por colocá-las como referencia para uma enfermagem mais voltada para o homem. Sempre lembrando que este necessita de qualidade de vida, e de cuidadores que tenham dignidade e não tenham preconceitos.

2. PREPARO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE

Todo indivíduo passa por um processo; fatores entre si, ferramentas básicas para alcançar necessidades através de estímulos.
Sem motivação o indivíduo fica estagnado diante de inúmeras oportunidades e estas aparecem para quem está “preparado”. A seguinte frase popular fez muito sentido:

“O trem não pára e quem perder a hora, perde a vaga e fica a ver navios”.

Esta é a realidade! Para atuar junto aos profissionais da área da saúde é preciso formação profissional e estar motivado. Tendo em vista que a motivação gera determinação, q eu esta serve de “combustível” para chegar à reta final.
Uma profissão bonita, experiência com doentes na família, carência de um bom atendimento hospitalar, conseguir uma vaga no mercado de trabalho são motivos pelos quais levaram inúmeras pessoas a estarem se preparando para tornarem-se técnicos de enfermagem. Embora seus motivos sejam verdadeiros e nobres existe uma distância grande entre eles e as “motivações” das primeiras enfermeiras. O foco delas era o ser humano doente, fragilizado, necessitando de cuidados, enquanto que hoje o foco dos futuros profissionais é voltado para o “status” da profissão, um bom emprego, salário a altura.
A.A. de 25 anos, aluna de enfermagem diz:

“Nada contra querer ter um bom emprego, com um bom salário. O problema é quando se foca apenas isso. E como conseqüência, deixamos de fazer um atendimento mais humanizado. E quando isso não for possível? Como será meu comportamento com os pacientes e colegas? Precisamos separar bem as coisas. O sucesso profissional é inevitável quando se é competente no que faz!”

C.L. de 30 anos, que também compactua do mesmo ideal diz:
“Essa versão desfocada da enfermagem de Nightingale é observada na sala de aula. Uma parte da turma leva tudo com seriedade e compromisso, enquanto que a maior parte brinca muito e acaba atrapalhando o restante que está atento às aulas”.
Observa-se nessas alunas a preocupação com o futuro profissional que as aguarda. Para elas priorizar as atividades do curso é aprimorar o que já sabem e reter conhecimentos a partir do momento que as dúvidas vão sendo esclarecidas. Pois de acordo com Augusto Cury (2001) “ela nos esvazia e estimula o pensamento”.
Abusar de recursos como estes é um caminho para se fazer a diferença. Sempre tendo em vista que o sonho é muito importante para o ser humano, e melhor ainda é quando este sonha com os pés “fincados” no chão, com muita determinação e sempre superando seus próprios limites.

3. PROMOVENDO A SAÚDE x ESTRESSE

Quando o foco deixa de ser o indivíduo como ser humano, a atuação na prática diária parece distanciar-se daquilo que é pela escola de enfermagem. Faz-se necessário a importância do “saber fazer” em enfermagem:

“Ação que esta concomitantemente conjugada com competência humana, necessária para lidar com o ser humano, expressa através da comunicação, da ética, do respeito, dos seus direitos e valores”
(PROFAE, 2001).

Esses princípios devem nortear as ações do profissional sem levar em conta as frustrações que a realidade vai impondo. A profissão deixa de ser “bonita", as atividades do dia-a-dia com os clientes vão ficando ofuscadas, aparece a irritabilidade, as relações de trabalho vão ficando conflituosas talvez pela displicência ou então pela disputa.
O cliente passa a ficar num verdadeiro fogo cruzado, com um atendimento precário e muitas vezes desumano como é o caso de M.A. de 43 anos. Esta senhora levou seu filho para ser atendido num Hospital de Urgência e Emergência, pois este estava desesperado de dor. A mãe pediu para a técnica de enfermagem que tocasse na “parte” ferida da criança levemente, pois se tratava de um ferimento na genitália da mesma. Neste momento a profissional irritou-se e começou a agredir verbalmente e quase fisicamente a mãe do paciente. Por fim a vítima foi acolhida pelos colegas da tal profissional e esta acabou sendo afastada da sua função.
O estresse é um fator de desequilíbrio emocional e é causa de muitos conflitos no atendimento. Muitas vezes os profissionais levam problemas pessoais para o trabalho e este interfere no desenvolvimento de suas atividades profissionais, contradizendo o juramento que é feito de dedicar sua vida profissional a serviço da humanidade respeitando a dignidade e os deveres da pessoa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entre o sonho e a realidade esta: a desilusão, a frustração e o estresse, frutos de motivações e ideais desfocados da enfermagem que vê o cliente como um ser humano carente de atenção e de cuidados.
Aqui tentei resgatar estes princípios, enfatizando a enfermagem praticada no século XIX por Florence Nightingale, com práticas humanizadas, dedicação e respeito, valorizando sua equipe de trabalho sempre visando uma melhor qualidade de vida do cliente. Isso é possível quando há empenho e acima de tudo amor ao próximo.

REFERÊNCIAS

CURY, Augusto Jorge. O Mestre dos Mestres / Augusto Cury – São Paulo: Acadêmia de Inteligência, 1999

GRAU, Carme Ferré. Curso de enfermagem básica / Carme Ferré Grau, Isabel M. Sancho Avello: tradutor: Torrieri Guimarães; ilustradores: Juan Carlos Martinez e Montserrat Nieto.- São Paulo: DCL, 2008.

domingo, 11 de outubro de 2009

LÚPUS: UMA DOENÇA CRÔNICA

Jucileny dos Santos Melo



Resumo
O lúpus é uma doença consideradas crônica, e que pode ser classificado como: sistêmico, discoide e por uso de drogas. Sendo que seus sintomas são muito diferentes para cada paciente, tornando seu diagnóstico muito mais difícil para fazer o tratamento para o não agravamento da mesma.
Palavras–chave: lúpus, crônica, diagnóstico, doença.
Abstract
The lupus is a disease considered chronicle, and that it can be classified as: systemic, discoide and for use of drugs. And their symptoms are very different for each patient one, turning his/her much more difficult diagnosis to do the treatment for the non aggravation of the same.

Keywords: lupus, chronic, diagnosis, disease.



Análise feita baseada em estudos em paginas da web e em entrevistas com portadores da doença, pois descobrir que está doente já não é fácil, mas ainda pior é quando se descobre ter uma doença crônica, ou seja, não tem cura, de causa desconhecida, ficando sob aviso que pior será a situação.
Para que se quiser sobreviver terá que começar a reinventar um novo modo de vida, ou seja, mudar hábitos que não deixe o sistema imunológico mais vulnerável do que já está. Lúpus é uma doença que se instala em sua grande parte em pessoas do sexo feminino, atinge principalmente mulheres em idade reprodutiva entre 20 e 40 anos.
O lúpus é uma doença inflamatória crônica (incurável); onde para se desencadear ela precisa que agentes externos desconhecidos (vírus, bactérias, agentes químicos, radiação ultravioleta) entrem em contato com o sistema imune de um indivíduo que está com vários genes incorretamente, induzindo produção inadequada de anticorpos, que se dirigem aos constituintes normais (auto- anticorpos) e, quando se instalam, provocam lesões nos tecidos e alterações nas células sanguíneas.
As causas do lúpus não são totalmente conhecidas, mas sabem-se que fatores ambientais e genéticos estão envolvidos, alguns dos fatores ambientais que estão envolvidos para despertá-lo da doença são: infecções, medicamentos, exposições a radiação ultravioleta e o estresse.
Ela pode ser benigna até extremamente grave ou fatal e assim pode ser classificada em três tipos: lúpus discóide, lúpus devido ao uso de drogas e lúpus sistêmico.

1- Discóide: doença que se apropia em sí da pele e causa inflamações cutâneas que aparecem na face, nuca e couro cabeludo mais 10% de pacientes com discóide pode ter um quadro evoluído para (LES) lúpus eritematoso sistêmico. Há muitos tipos de lesões, onde a mais conhecida é a lesão em asa de borboleta que é um eritema elevado que atinge bochechas e dorso do nariz e manchas planas e elevadas pode atingir qualquer parte do corpo. Foi difícil no começo me ver de rosto inchado e vermelho e pior ainda foi perder praticamente todo o meu cabelo, por causa da doença. Diz Rosele paciente de lúpus.

2- Lúpus sistêmico (LES) costuma ser mais grave que o anterior, pois (sistêmico=geral), pode afetar quase todos os órgãos e sistemas. Mas à casos de predomínio nas juntas, rins, pulmões, sangue, enfim, cada lúpus é diferente do outro. Muitos pacientes do LES têm sensibilidade ao sol (foto- sensibilidade) que unicamente localizadas em áreas expostas à luz solar podem sofrer profundas lesões que deixam cicatrizes.

3-Lúpus induzido por drogas, que ocorre por conseqüência do uso de drogas ou medicamentos. Já foram detectadas drogas que facilitam o desenvolvimento do lúpus, é o caso da hidralazina, medicamento utilizado para hipertensão, ou procainamida, usada para alguns problemas de arritmias cardíacas.

Quanto às manifestações clínicas podem ser as mais variáveis entre pacientes. As manifestações de uma forma geral podem ser mal-estar, febre, fadiga, dores nas articulações, mãos frias, aparência pálida para roxa (cianose) com dores nas pontas dos dedos que é chamado de fenômeno de Raynaud, queda de cabelo em chumaços, ulcerações orais, fotossensibilidade, manchas vermelhas protuberantes, erupções malar (maçãs do rosto) e as mais graves que são complicações no aparelho digestivo, complicações renais e inflamações nos alvéolos e artérias(caso grave que é muito raro)mas é importante ressaltar que os sintomas para cada paciente podem ser diferentes. Descobrir o lúpus, quando tive minha segunda gravidez interrompida por mais um aborto espontâneo, que me fazia ter problemas de hipertensão e fui parar na UTI de um hospital dependendo de 5% de chance de sobreviver que os médicos me deram. Roselene, paciente do lúpus desde 2006.
Em relação ao tratamento dessa doença complexa há protocolos internacionais, mas por ser uma doença onde há individualidade de sintomas, não há um esquema pronto para serem executadas as características que dirão o melhor método de tratamento. Tenho uma vida normal por que hoje faço o controle do lúpus com corticóide todos os dias. Afirma Roselene Reis paciente de lúpus que faz uso de 10mg de prednisona todos os dias.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os medicamentos usados podem provocar efeitos colaterais, portanto é importante que seja manipulado por profissionais experientes e, os pacientes não devem modificar o tratamento sem orientação médica.
A doença de lúpus deve ser mais estudada pelos cientistas para que esses avanços na área garantam um diagnóstico mais preciso e um tratamento eficaz, pois as causas da doença ainda são muito vagas para poder fazer um diagnóstico preciso para que assim possa ser feito o controle da doença e não chegue a um estágio grave à fatal.

REFERÊNCIAS:

ANDRADE, Cristhine. Disponível em: . Acesso em 28 de setembro de 2009
KEISERMAN, Mauro. ABC da saúde e prevenção ltda. - 01/11/2009. Disponível em:

OS RISCOS OCULTOS DE UM ATAQUE CARDÍACO

LIDIANE SANTOS SILVA


RESUMO


O coração é um músculo e como os outros do corpo, precisa de oxigênio, que é fornecido pelo sangue dos vasos sangüíneos, conhecidos como artérias coronárias. Um coágulo sangüíneo em uma dessas artérias pode bloquear o fluxo de sangue para o músculo cardíaco o que acarreta prejuízos ao coração e a depender do tempo de duração deste bloqueio, uma parte do coração morre fazendo com que pare de funcionar corretamente.
O ataque cardíaco pode cometer pessoas de varias idade dependendo dos fatores de risco que elas apresentarem. Fatores estes que podem ser e influenciados pela maneira como se comportam no dia-a-dia.
Há também alguns riscos ocultos, que são desenvolvidos pelo organismo. Trata-se de substâncias que podem interferir no processo natural de circulação.

Palavras-chave: Ataque cardíaco, substâncias, riscos, sangue, fatores.



ABSTRACT


Heart is a muscle and like others of the body, it needs oxygen, which is supplied by the blood of the blood vessels, known like coronary arteries. A blood clot in one of these arteries can blockade the flow of blood for the cardiac muscle that brings damages to heart and to depend on the time of duration of this blockade, a part of heart dies doing so that it stops working correctly.
The heart attack can commit persons of newspaper commentaries age depending on the factors of risk that they to present. These factors that can be and influenced by the way like if are held in day by day.
There are also some hidden risks, which are developed by the organism. It the question is substances that can interfere in the natural process of circulation.

Key-words: Heart attack, substances, risks, blood, factors.


INTRODUÇÃO

Este artigo vem abordar, os riscos invisíveis de desenvolvermos um ataque cardíaco e mostrar mais especificamente que o excesso de algumas substâncias que podem ocasionar bloqueio do fluxo sanguíneo.
Ataques cardíacos ocorrem mais freqüentemente como resultado de uma condição médica chamada doença das artérias coronárias. Nesta doença, um material gorduroso chamado placa se acumula nas paredes das artérias coronárias, as quais suprem oxigênio e sangue ao coração. Eventualmente, uma placa pode romper, causando coágulo sanguíneo na superfície da placa. Se o coágulo ficar muito grande, ele pode bloquear totalmente ou quase totalmente o fluxo de sangue rico em oxigênio para a parte do músculo cardíaco alimentado pela artéria.
Durante um ataque cardíaco, se o bloqueio na artéria coronária não for tratado rapidamente, o músculo cardíaco começará a morrer e a ser substituído por tecido cicatrizado. Esse dano ao coração pode não ser óbvio, ou pode causar problemas graves de longo prazo.
Problemas graves relacionados ao ataque cardíaco podem incluir insuficiência cardíaca e arritmias cardíacas potencialmente fatais. Insuficiência cardíaca é uma condição na qual o coração não consegue bombear sangue suficiente pelo corpo. Fibrilação ventricular é uma arritmia séria que pode causar morte se não for tratada rapidamente.

ATAQUE CARDÍACO, O QUE É?

Ataque cardíaco ou ataque do coração é a dor intensa no peito resultante da morte de uma região do músculo cardíaco, causada pela interrupção total do suprimento sanguíneo.
O músculo cardíaco ou miorcádio, posterior ao coagulo fica repentinamente privado de sangue e oxigênio e se torna doloroso com uma dor que fica mais intensa a cada minuto.

OS FATORES DE RISCO

Os riscos de desenvolver uma anomalia no coração vai mais além das informações que estão diariamente na mídia. Os fatores que mais estão em evidência são: Hereditariedade, sexo masculino, idade avançada, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes e obesidade, quanto mais destes fatores de risco uma pessoa tiver, maior a chance de ficar doente.
Hereditariedade, idade e sexo não podem sofrer modificações, mas os outros fatores podem ser influenciados pelos hábitos diários e ajuda a diminuir os riscos de ter um ataque cardíaco.


RISCOS OCULTOS ASSINTOMÁTICOS

Há também alguns riscos assintomáticos: trata-se de substâncias produzidas pelo organismo, que quando o seu nível está muito elevado no sangue, pode ocasionar o entupimento de artérias, e criar condições favoráveis a ter um ataque cardíaco.
Indivíduos que se consideram normais, sem fatores de risco, não podem se apresentarem níveis elevados de Lp (a), homocisteína, fibrinogênio, depósito de cálcio e proteína c – reativa, corre o risco de ter um ataque cardíaco.
Essas substâncias em excesso faz com que se forme trombose e se acumule placas de gordura nas paredes das artérias, causando a obstrução das artérias impedindo a circulação do sangue para alguma parte do coração.


Lp (a)
Até hoje, a substância presente no sangue responsabilizada pela maioria dos ataques cardíacos era o mau colesterol, o LDL, mas os pesquisadores estão verificando que um doa membros da família do LDL, a Lp (a) é um fator de risco.
O que parece tornar a Lp (a) tão perturbado é o seu desenho único. O LDL comum é uma partícula rica em colesterol envolta por um fio de proteína. A medida que o LDL circula pela artéria, essa proteína pode prender-se as placas e liberar uma carga de colesterol. A Lp (a), porém possui um fio de proteína a mais cuja estrutura é muito semelhante aos anti-coagulantes naturais presentes no sangue.

"A Lp (a) tem a prioridade de depositar colesterol na parede das artérias, causando obstruções." (Guimarães, 2002 p. 39).

HOMOCISTEÍNA

Durante os últimos anos, níveis sanguíneos elevados de homocisteína (um aminoácido que contem enxofre) tem sido ligado ao aumento de risco de doenças coronarianas prematuras, derrame atromboembolismo, mesmo entre pessoas que tem níveis normais de colesterol.
Levantou-se a suspeita de uma conexão entre homocisteína e doença cardiovascular, que quando foi observado que pessoas com uma rara condição chamada homocistunuria eram propensas a desenvolver doenças cardiovasculares severas na adolescência.
Estudos recentes sugerem que níveis sanguíneos elevados de homocisteína são tão importantes quanto os níveis altos de colesterol no sangue e pode ativar independentemente.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Com as informações obtidas por esses estudos um simples teste de esforço torna-se uma ferramenta mais poderosa para estabelecer o risco de morte por problema cardíaco e desenvolver ações preventivas.
Em várias pesquisas sobre esse tema, haveria duas formas principais de diminuir o risco de morte por problemas cardíacos: a realização de exercícios físicos regulares ou a utilização de terapias com drogas para corrigir problemas na freqüência cardíaca.
Por isso qualquer pessoa que se considera saudável, pode ser acometido por um infarto ou insuficiência cardíaca, mesmo quando não se apresenta nenhum fator de risco, o organismo pode esta produzindo em quantidade elevada substância que podem influenciar na má circulação, substâncias estas que só podem ser detectadas com exames específicos, onde se mede os valores existentes.

REREFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORAÇÃO, avalie seus riscos ocultos de um ataque cardíaco. Revista Seleções. Rio de Janeiro, 2002.

Doenças do Coração. Isto é. 6ª Edição. São Paulo, 1999. Coleção Guia da Saúde Familiar.

sábado, 10 de outubro de 2009

ONCOLOGIA: DOENÇA TERMINAL

Monike Lima Capitani

RESUMO

O doente terminal passa por dois tipos de tratamento o curativo e o paliativo, no tratamento curativo e, mas do que a própria doença e o doente, ou seja, visa investigação, o diagnostico , acura e o aumento do tempo de vida torna o foco de tal abordagem. O paliativo é direciona para aqueles pacientes em que seu estado de saúde está em fase terminal ajudando assim seus familiares e o próprio paciente, psicologicamente e ajudando na melhoria da qualidade de vida nessa fase final.

Palavras-chave: pacientes, curativo, paliativo, câncer, tratamento.

ABSTRACT

The terminal patient goes by two treatment types the curative and the palliative, in the healing treatment and, but than the own disease and the patient, in other words, you/he/she seeks investigation, I diagnose him/it, you/he/she perfects and the increase of the time of life turns the focus of such approach. The palliative is addresses for those patients in that his/her health condition is in terminal phase helping like this their relatives and the own patient, psychologically and helping in the improvement of the life quality in that final phase.

Key-words: patient, curative, palliative, cancer, treatment.

Paciente com câncer terminal está no estágio da doença em que não há mais possibilidade de se restabelecer a saúde, evoluindo para a insuficiência de órgãos e eminência de mote, sendo a eles dirigidos tratamentos que ajudam no alivio da dor e da depressão.

A medicina tem passado por profundas mudanças na forma em que cuida dos pacientes com câncer terminal, segue dois modelos: o modelo curativo e o modelo paliativo. Sendo que no modelo curativo é o tratamento físico e patológico da doença, enquanto o paliativo tem como objetivo, o alívio da dor e da depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS):

"(...) cuidados paliativos são uma abordagem que objetiva a melhoria do paciente e de seus familiares diante de uma doença que ameaça a vida.”

Essa avaliação se deve, pois o tratamento paliativo ajuda esses pacientes terminais, sendo a ele dirigidos cuidados que melhorem a qualidade de vida, como o alivio da dor e o tratamento psicológico, e dão auxilio aos parentes que não sabem como lhe dar com uma doença que ameaça a vida.

Para a maioria doa médicos, quando os recursos do modelo curativo esgotam os pacientes são dados como “perdedores”, onde nada mais pode ser feito, a partir deste momento a o inicio de uma morte “social” anteciparia a uma morte biológica. Na visão destes profissionais os modelos paliativos são considerados uma alternativa de tratamento, quando as opções existentes do modelo curativo acabam. Com a incurabilidade do câncer e consequentemente seu avanço, os pacientes evoluem com sintomas graves de ordem físicas, psicológicas e emocionais.

As necessidades dos pacientes terminais são diferentes daqueles que podem recorrer da sua doença, na fase final quando o paciente tem pouco tempo de vida o propósito do tratamento deve ser de paliar, esse período de transição entre o tratamento curativo para o paliativo, tanto para o paciente quanto para os profissionais da área da saúde.

O PERÍODO DE CUIDADOS TERMINAIS

É aquele onde há evidencia de avanço de câncer maligno, na qual o tratamento aplicado não pode aumentar o tempo de vida de forma significante, os pacientes podem se encontrar nesse estado já na fase de diagnóstico ou então no período de tratamento. O período de cuidados terminais é uma importante dos cuidados paliativos.

Andréa Y. Kumrashima, hospital do câncer A.C criou uma espécie de escore que quantifica por meios de notas numéricas, o quadro clinico do paciente com base em variáveis como os próprios sintomas e os tipos de câncer e tumor

Andréa realizou estes estudos com 70 pacientes com câncer fora de possibilidade de terapia curativa. Acompanhou durante quatro anos pacientes que tinham idades entre 0 a 29 anos, para determinar quais são os fatores que influenciam no tempo de vida. Foram analisados em três características.

Primeira em pacientes que são cuidados pela mãe normalmente sobrevive mais tempo.

Outra característica é a avaliação do paciente em sua casa, onde seu comportamento seja avaliado pela pessoa responsável. Isso porque muitos médicos acabam errando quando classificam um quadro de fase terminal muito, mas avançada do que este erro que acaba acontecendo, pois a maior parte das vezes, o contato médico fica restrito na hora da consulta.

A última característica é saber quando o paciente tem anemia durante o inicio do tratamento paliativo, que são os procedimentos onde não possui intenção de cura.

Com a somatória destes fatores os médicos conseguem estipular probabilidade, em porcentagem de paciente estiver vivo em 60 dias após o inicio do tratamento paliativo, se a probabilidade der menor eles sabem que terão que correr contra o tempo e dá auxilio psicológico aos familiares.

O final da vida e difícil, porém necessário. Não é fácil saber quando o paciente entra no período terminal final. O começo da fase terminal como o período em que as metas estabelecidas primariamente para o tratamento do controle do crescimento tumor precisam ser analisados novamente para o controle dos sintomas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As pessoas que enfrentam câncer terminal sentem uma dor e uma solidão enorme, muitas vezes associada à depressão e a um sentimento de “vazio”. Além de serem cuidadas, estas pessoas precisam carinho, principalmente porque está vivendo um período na sua vida marcado por emoções negativas como a tristeza, a ansiedade, a revolta e o medo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Rezende, Vera Lucia. Reflexões sobre a vida e a morte. Campinas (SP), 1º edição: Juruã, 2000. Disponível em: <www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=8362>. Acesso em: 02 out. 2009.